Pascoal, o Trem de Luxo, veio do Rio de Janeiro |
Com a garantia do campo novo, o Vasco saiu à cata de reforços para a temporada de 1922. E mirou na Série A, a primeira divisão de fato, contratando logo três atletas: o negro Claudionor Corrêa, o Bolão, e Albanito do Nascimento, o Leitão, que vieram do
Bangu, e Bráulio do Prado, do Andarahy. O clube pegou no espólio do SC Rio de Janeiro, ainda no fim de 1921, além do campo, um importantíssimo atacante: Pascoal Silva Cinelli, ponteiro direito revelado pelo extinto clube, depois de ser descoberto na Liga Suburbana, atuando pela Fábrica Mavillis. O jogador fez sua estreia ainda naquele ano, num amistoso contra a seleção da Marinha, que terminou com vitória vascaína por 1 x 0, gol justamente dele. Para se ter uma ideia de sua importância, Pascoal seria um dos primeiros ídolos do Vasco, graças à sua habilidade e velocidade. Encantada com seu estilo de jogo, a torcida o apelidou de Trem de Luxo e teria o prazer de vê-lo figurar nas escalações do Vasco por uma década.
Enquanto o elenco estava sendo formado com grandes jogadores, o desafio era deixar o campo da Rua Moraes e Silva pronto para ser utilizado. O SC Rio de Janeiro mandou lá seus jogos por vários anos. Mas o Vasco não podia. Na primeira tentativa de aprovar o gramado para os jogos da Série B, a cancha foi vetada por falta de arquibancadas. A saída era tocar obras urgentes. O clube chamou várias construtoras e venceu a de José da Rocha Pereira, que cobrou 25 contos de réis, uma pequena fortuna à época, para erguer a arquibancada de madeira com 2 metros de largura, consultório médico, enfermaria e banheiros.
As obras passaram a correr a todo vapor. E o time não deixava de lado sua preparação, participando dos festivais junto com os grandes da elite. Muita gente queria ver de perto o 11 vascaíno, e sua torcida só crescia. Graças, claro, aos jogadores, muitos deles arregimentados nos clubes menores e que recebiam, discretamente, remuneração para jogar. A prática não era nova, nem exclusiva. Vários outros clubes, especialmente os da elite, costumavam premiar seus jogadores, todos filhinhos de papai, com mimos financeiros, conseguidos em vaquinhas entre diretores mais abastados. Mas o Vasco estabeleceu outro tipo de remuneração: a mensal, mais os bichos, um embrião do profissionalismo que iria se tornar regra anos depois, graças ao nosso pioneirismo - que sempre incomodou os rivais, especialmente os emproados da Zona Sul carioca.
Assalariados e com o bicho, e empregados em casas do comércio, quase todas de vascaínos, os jogadores podiam dedicar mais tempo à bola e a grande
transformação do futebol estava a caminho. O Vasco era uma nau a caminho da
glória, mas necessitava de um comandante de valor para levar o time à Série A da
Primeira Divisão, a primeirona de fato e de direito. E alguns sinais na
temporada de 1922 deixaram isso claro.
Primeiro, a preparação do time mostrou certa fragilidade nos dois amistosos contra o Villa Isabel, com uma goleada sofrida (4 x 1) em 15 de janeiro e uma vitória apertada por 1 x 0, em 12 de março - a surra de 7 x 2 aplicada no niteroiense Ararigboya não pode ser encarada exatamente como uma participação brilhante, pela fragilidade do rival.
Depois, no Torneio Início de 1922, ainda
sem um técnico permanente, faltou força e estratégia para chegar mais longe. Jogado em 26 de março, nas Laranjeiras, o Vasco começou vencendo o Mangueira por 2 x 0. Nas quartas-de-finais, passou pelo Americano por 1 escanteio a 0, após o empate em 0 x 0. Aí, na semifinal, encontrou uma equipe da Série A, o
Flamengo. Com um gol de Segreto, foi eliminado. Há muitos flamenguistas, inclusive, que consideram este encontro de 20 minutos como o primeiro confronto oficial
entre os dois times. Lógico que não é. Em nenhuma estatística de clube algum os jogos de Torneio Início são computados. Para fins históricos, o primeiro jogo foi disputado em
1923 - e nós iríamos vencer.
Platero revolucionou o futebol do Rio no Vasco |
O desempenho no Torneio Início deixou claro que faltava um treinador e, a 5 de abril, pouco antes da estreia, o clube propôs um contrato ao uruguaio Ramón Perdomo Platero. Ofereceu 300 mil réis para que ele dirigisse o clube. Nome consolidado no futebol, o treinador fora campeão sul-americano de 1917 dirigindo a seleção de seu país. Também conquistara o Carioca de 1919, à frente do Fluminense, e foi um dos treinadores do Flamengo em 1921, ano em que o clube foi campeão. O problema é que ele voltara a ser técnico do Flamengo em 1922. Como o valor oferecido não agradou, Platero ficou no clube da Zona Sul, mas, espertamente, registrou-se, antes da disputa, no Flamengo como treinador e massagista e como massagista do Vasco, o que permitia trabalhar em qualquer uma das agremiações.
Ainda sem um comandante e sem o campo, o Vasco teve de alugar General Severiano, pagando 250 mil réis, para encarar o forte Palmeiras na estreia, em 16 de abril. Alinhando com Nelson, Mingote e Leitão; Pedro Nolasco, Braulio
do Prado e Arthur Medeiros; João Dutra da Silva, Torteroli, Bolão, Paschoal e
Negrito, meteu um implacável 4 x 0, com dois gols de
Bolão e outros dois de Torteroli.
Uma semana depois, era a vez de voltar a atuar contra o Villa Isabel. No gramado irregular do antigo Jardim Zoológico, na Praça Barão Drummond, o time perdeu por 1 x 0. O alerta estava dado. Era preciso um técnico que desse padrão de jogo ao time. Assim, Platero foi novamente chamado para ouvir uma nova proposta: treinaria o Flamengo e, nas horas de folga, faria "uma supervisão" no Vasco. Ou seja, acumularia os dois times.
Enquanto o acordo era costurado, o Vasco pegou o Mackenzie, na Rua Serzedello Corrêa, em 30 de abril, vencendo por 3
x 0, gols de Bolão, Dutra e Torteroli. Depois, com dois gols de Bolão, o Vasco venceu o Carioca por 2 x 1, em 14 de maio, também no campo do adversário. Só que houve um problema com a combinação que se passava na cabeça de Platero: o Flamengo, que já olhava atravessado para o time de negros e pobres do Vasco, não topou que seu técnico dividisse as atenções a duas equipes. E deu um
ultimato para que ele escolhesse - na versão do nada isento O Imparcial, o Flamengo demitiu o treinador por não cumprir com suas tarefas.
Segundo Platero, como havia sido demitido do Flamengo em 1921, após um
empate com o Bangu em um mero amistoso, ele preferia o Vasco e deixou o impasse nas mãos dos dirigentes
vascaínos, propondo o mesmo contrato que tinha com o rubro-negro: dois anos de duração, multa de dois contos de réis
e salário de um conto de réis. Uma fortuna e um acordo que atravessava duas gestões presidenciais do clube, que duravam um ano. Apesar disso, acabou contratado. E começou a revolucionar não só o Vasco,
mas o futebol carioca.
Logo de início, com o aval da
diretoria, transformou o imóvel que havia no campo da Moraes e Silva em um
dormitório, com camas, colchões, travesseiros e cozinha, para que os jogadores
almoçassem após as atividades e dormissem ao fim do dia, na chamada concentração. A prática era comum em outros clubes, mas nem todos os jogadores topavam. No Fluminense, por exemplo, o goleiro Marcos Carneiro de Mendonça nunca a a aceitou - e tinha seus motivos, pois se tratava de um atleta exemplar. O mesmo não podia ser dito em relação aos demais. O problema não ocorreria no Vasco, repleto de jogadores de condição social mais simples, que tinham a oportunidade de fazer do futebol um meio de vida - ainda que isso despertasse o ódio e os protestos da elite carioca, adepta dos jogadores supostamente amadores.
Alheio a isso e adepto da tese de que “Deus ajuda quem cedo
madruga”, Platero pôs os jogadores para morar no alojamento e programou treinos para as primeiras horas do dia. Atletas da época relatavam que,
às 5h30, noite ainda, o despertador tocava e o uruguaio principiava a chama-los, com seu
sotaque: “Alça e meneia, que el dia clareaaaa...”, convocando cada um pelos nomes, com ênfase especial para os
atletas que resistiam a acordar, como Leitão, Bráulio e Nelson. Em seguida,
dividia o grupo em duas fileiras e os colocava para correr, dando a eles
mais preparo físico, com direito ao ar puro das primeiras horas do dia.
Ramón Platero estreou no comando do time em 21 de maio, e o resultado foi um decepcionante empate por 1 x 1, na Rua Figueira de Melo, com o Americano, gol de Torteroli, deixou o Vasco com sete
pontos ganhos e três perdidos, contra 12 pontos ganhos do Villa Isabel, uma
distância perigosa. É bom lembrar que as rodadas, na época, não eram como hoje,
com todos os jogos em datas próximas, como quarta e quinta ou sábado e domingo.
Para se ter uma ideia, àquela altura do torneio, o Vila já havia cumprido os
seis jogos do turno, ganhando todos, enquanto o Vasco fizera apenas cinco
exibições.
O trabalho do treinador iria
começar a dar resultados em 28 de maio, no jogo contra o Mangueira, em General
Severiano. O Vasco perdia por 1 x 0 até os 38 minutos do segundo tempo, o que o
distanciaria demais do Villa. No gol rival, o ágil arqueiro Lebre impedia o empate vascaíno de todas as maneiras. Até que Arthur empatou. E aos 41, Bolão, de cabeça, virou o jogo. O time mantinha a
segunda posição, ainda com três pontos a menos que o Villa Isabel, adversário na
rodada seguinte, pelo returno.
Com as obras na Moraes e Silva
concluídas, Platero pediu à direção que o jogo fosse realizado no campo em que
o time treinava. A vitória sobre o Villa Isabel era questão de ordem no Vasco.
Assim, a diretoria conseguiu que a comissão designada pela Liga aprovasse o
campo e confirmasse a partida para 4 de junho. Com arbitragem de Carlito Rocha,
que seria presidente do Botafogo nos anos 1940, o Vasco enfrentou o Villa com seus 11 titulares: Nelson, Mingote e Leitão; Nolasco, Bráulio e Arthur;
Paschoal, José Cardoso Pires, Bolão, Torteroli e Negrito. O campo foi pequeno
para receber a plateia, o que gerou uma renda de astronômicos 4 contos de réis, altíssima para a segunda divisão.
Houve gente que se pendurou em muros, árvores e onde mais pudesse. Tudo para
ver uma atuação de gala do time.
O Vasco saiu atrás, logo no
começo do jogo, mais ainda na primeira etapa virou com dois gols de Bolão.
Mesmo com chances para os dois lados, o placar não mudou mais e o Vasco, com a
vitória, ficou a um ponto do Vila, tendo como referência os pontos perdidos – o
Vasco tinha três, de uma derrota e um empate, enquanto o Vila apenas dois,
referentes ao jogo daquele dia.
A comemoração dos vascaínos
estendeu-se pela cidade, mas houve um problema sério. Ao deixar o campo da Moraes e Silva, os vascaínos, entre eles Antônio da Silva Campos, diretor de Futebol, e o técnico Ramón Platero, saíram na carreata que comemorou a vitória e decidiram passar pelo Boulevard 28 de Setembro, onde ficava a sede do rival. O confronto
com torcedores do Villa foi inevitável. Pedradas, carros investindo contra pedestres e notícia de tiros estamparam os jornais do dia seguinte. Platero chegou a ser preso e acusado de ter disparado um revólver contra a sede do Villa, mas foi logo solto. O tumulto foi tamanho que os clubes romperam
relações.
Rivalidades à parte, o time ainda demoraria a tomar a
ponta, já que o rival cumpriu uma campanha igualmente brilhante, derrotando
Mangueira e Palmeiras nos jogos seguintes, em 11 e 18 de junho. Restava também ganhar
os seus jogos. Mas a sorte resolveu, enfim, dar uma ajuda em 25 de junho. Neste dia, na Moraes e Silva, o Vasco
fez 3 x 0 no Mackenzie, gols de Pires, Torterolli, Paschoal, enquanto o Americano
venceu o Vila por 2 x 0, em Campos Sales.
Por pontos perdidos, o líder era
o Vasco. Mas era preciso confirmar a vantagem. Assim, em 2 de julho, no campo da Rua General Silva Teles, em Vila Isabel, marcou 4 x
2 no Mangueira, com dois de Pires e dois de Negrito. Na rodada seguinte, os
dois clubes entraram em campo no dia 9 de julho. Na Rua Moraes e Silva, com
gols de Bolão, o Vasco fez 2 x 0 no Americano. O Vila arrancou um 3 x 2 em cima
do Carioca, na Estrada Dona Castorina, em jogo suspenso por falta de luz e cuja conclusão, em 6 de agosto, não ocorreu, porque o Carioca não compareceu, com a Liga confirmando a
vitória e o placar.
Com um time cada vez mais afiado, o Vasco iria encontrar, em 16 de julho, o Carioca, na Rua Moraes e Silva. Na semana que antecedeu a partida, as acusações trocavam de lado, fomentadas pela imprensa, que revelou um suposto complô de Carioca, Villa e Palmeiras contra o Vasco. Como resposta, o Vasco acusou o Carioca de ter subornado dois jogadores palmeirenses por 500 mil réis, fato que gerou uma investigação e punição a três pessoas.
O encontro teve um desenvolvimento e um placar atípico. O Carioca abriu 2 x 1, mas o Vasco empatou e virou, num gol contestado por muito jogadores, mas em especial por Braz de Oliveira, autor dos tentos do time do Jardim Botânico até então. Revoltado com a confirmação, Braz saiu de campo e deixou a equipe com dez homens. A vantagem numérica fez com que o Vasco goleasse por
históricos 8 x 3, com quatro gols de Bolão, dois de Pires, um de Paschoal e um
de Torterolli. No mesmo dia, o Villa marcou 3 x 1 no Mackenzie.
A goleada vascaína suscitou muitas dúvidas e acusações. A história tratou de nunca esclarecer direito, mas havia a acusação de que Braz recebera 500 mil contos de réis do Villa Isabel para endurecer a partida. O Vasco, por sua vez, foi acusado de ter subornado Esquerdinha e Surica, que não apareceram para jogar. Nada ficou provado, nas investigações realizadas, e Braz, cuja folha corrida no futebol já era complicada, foi eliminado dos quadros da Liga.
Assim, na última
rodada, marcada para 23 de julho, bastava vencer o Palmeiras para conquistar o
título da Série B. Foi uma atuação de gala dos
comandados de Ramón Platero. Sem dificuldades, o Vasco fez 5 x 0 no campo da
Rua Barão de São Francisco, com dois de Torterolli, e um de Pires, Bolão e Negrito. Com 21 pontos ganhos em 24 possíveis, um a mais que o Vila, o Vasco
era campeão. Uma campanha irrepreensível, com 10 vitórias, um empate e uma
derrota, 36 gols marcados e só dez sofridos e uma série de sete vitórias
consecutivas.
Vasco, campeão carioca da Série B e base para o fim do racismo no futebol |
Mas quem disse que seria fácil
assim? Quem disse que deixariam a portuguesada comemorar em paz? Em um Rio tomado por forte sentimento antilusitano, um recurso foi impetrado logo após a vitória por 8 x 3 sobre o Carioca. O documento alegava que Leitão, ex-jogador do Bangu e que havia enfrentado, por anos seguidos, os clubes da Série A, não dera prova de ser alfabetizado e que, por isso, não podia jogar bola, já que o regulamento da Liga
era feito para deixar em campos apenas os rapazes de “boa família” e de “profissão
definida”. Nada de pobres, favelados ou analfabetos. Era um jogo para as elites e
ali era o capítulo 1 da discriminação sócio-racial que o Vasco iria enfrentar
naquela década, brigando com unhas e dentes por seus atletas. Assim, em 22 de
agosto, cassaram os pontos e o título, ganho em campo.
Mas havia um detalhe: embora
pobre, Leitão não era analfabeto. E isso podia ser comprovado facilmente, já que era jogador do Bangu e, portanto, previamente fichado na Liga. Em 25 de
agosto, ele escreveu, de próprio punho, um requerimento à Liga informando que optara por defender o Vasco, provando que sabia escrever. Humilde, corajoso e verdadeiro. Demorou um mês para o julgamento
do caso. Mas, em 22 de setembro, o Conselho Superior da Liga aceitou o recurso
vascaíno e devolveu os pontos e o título ao clube.
Restava apenas disputar a partida
contra o São Cristóvão, último colocado da Série A. Se vencesse, garantia o
acesso à Série A em 1923 e o direito de disputar com o America o título de
campeão da cidade em seu quarto centenário de fundação. A partida foi marcada
para 5 de novembro, no campo do Botafogo. Escalado com Nélson, Mingote e
Leitão; Palamone, Bráulio e Arthur; Paschoal, Pires, Bolão, Torterolli e
Fernandes, o Vasco fez um jogo equilibrado, que terminou em 0 x 0.
O empate deu o Campeonato Carioca do centenário da Independência ao America, mas gerou um problema: no regulamento não havia previsão do que
ocorreria caso o jogo terminasse empatado. Afinal o Vasco poderia subir ou não?
Como Vasco escalou Leitão, a manobra para evitar o acesso era clara: o jogador estava sem registro
desde a confusão com o Carioca. Logo, o São Cristóvão impetrou, em 9 de
novembro, um recurso pedindo os pontos do jogo e sua manutenção na Série A, alegando que, como tinha feito um novo registro ao preencher o requerimento de próprio punho, Leitão estaria irregular.
Só
que seria demais cassar qualquer direito vascaíno baseado numa alegação falsa, já que
Leitão não era analfabeto - tinha poucas letras, mas sabia escrever - estava regular, tendo atuado em todos os jogos do ano. Assim, de uma só tacada, a Liga decidiu dar o registro
de amador a Leitão, rejeitar o recurso do São Cristóvão e virar a mesa de novo,
convidando os dois times para integrar a Série A de 1923.
A decisão, aparentemente
salomônica, acabava com a armação contra o Vasco, iniciada no caso dos pontos
dados ao Carioca. Na verdade, a Liga achava que o Vasco era um clube menor, de
remo e que não iria incomodar com seus pobres, negros, mulatos, brancos, ricos,
semialfabetizados e portugueses. Mas isso seria um engano. E o campeonato de
1923 mostraria isso em preto, branco e com a cruz pátea no peito.
Recebida em 1922, a Taça Constantino nunca mais deixou as sedes do Vasco |
Para mostrar que não estava de brincadeira, o Vasco ainda levaria para casa
um troféu especial naquele ano de 1922, Como venceu os campeonatos de primeiro,
segundo e terceiro quadros da Série B, ficou de posse temporária da Taça
Constantino, oferecida pela empresa José Constante & Cia. A taça está até
hoje na sala de troféus de São Januário, já que, em 1924, o clube ganhou a posse
definitiva, por acumular a maior pontuação nos campeonatos das três categorias
durante os três anos em que ela foi disputada.